Статистика ВК сообщества "Memórias do Subsolo"

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Catástrofe. Crise violenta no decurso da qual o sujeito, que sente a situação de amor como um impasse definitivo, uma armadilha de que nunca poderá sair, se vê condenado a uma destruição total de si próprio.

Laetitia. Circunscrever. Para reduzir a infelicidade, o sujeito põe a sua esperança num método de controle que lhe permitiria circunscrever os prazeres que lhe dá a relação de amor: por um lado, guardar esses prazeres, aproveitá-los plenamente e, por outro, colocar em um (parênteses) sem pensamento as vastas zonas depressivas que separam esses prazeres: «esquecer» o ser amado para lá dos prazeres que proporciona.

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Não posso, pois, oferecer-te aquilo que julguei escrever pra ti, eis a evidência a que tenho de me render. A dedicatória de amor é impossível. A operação em que o outro é envolvido não é um título. É, mais profundamente, uma inscrição: o outro está inscrito, inscreve-se no texto, ali deixou vestígios múltiplos.

Pouco importa, assim, que te sintas continuamente reduzido ao silêncio, que o teu próprio discurso te pareça afastado sob o discurso, monstruoso, do sujeito apaixonado: em Teorema, o «outro» não fala, mais inscreve algo em cada um dos que o desejam — produz o que os matemáticos chamam uma catástrofe (a alteração de um sistema por outro): é verdade que este mudo é um anjo.

Roland Barthes, "Fragmentos de um Discurso Amoroso" (1977); Passolini
Filme: "Teorema" (1968)/Atriz: SIlvana Mangano

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K. sentou-se imediatamente e apoiou os cotovelos nos braços da poltrona para conseguir suster-se melhor.

— Sente algum mal-estar, não é verdade? — perguntou-lhe a moça. K. tinha agora o rosto da jovem muito perto do seu e notou nele uma expressão severa como costumam ter muitas mulheres, exatamente em plena juventude.
— Não se preocupe com isso — disse a jovem —, aqui isso não é nada de extraordinário; quase todos os que aqui vêm pela primeira vez sentem essas vertigens. É a primeira vez que você vem aqui? Está claro; não há nada de extraordinário em seu mal-estar. Está se sentindo melhor?

K. não respondeu. Era penoso para ele abandonar-se aos cuidados dessa gente por causa da repentina fraqueza que o invadira. Além disso, conhecer as causas do seu mal-estar não o teria melhorado, mas, pelo contrário, se sentia ainda pior do que antes.

Franz Kafka, "O Processo'' p. 76

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Desde então, ambos se alegravam por antecipação com o sono compartilhado. Eu diria mesmo que, para eles, o objetivo do ato sexual não era a volúpia, mas o sono depois. Ela, sobretudo, não podia dormir sem ele. Se por acaso ficasse sozinha em seu quarto (o que depressa se tornou um álibi para Tomas) ela não conseguia pregar o olho a noite toda. Nos seus braços, mesmo no auge da agitação, ela sempre se acalmava. Ele contava, a meia voz, histórias que inventava para ela — bobagens, palavras elogiosas ou engraçadas que repetia num tom monótono. Na cabeça de Tereza essas palavras se transformavam em visões confusas, que a conduziam ao primeiro sonho. Tomas tinha pleno poder sobre o sono dela, fazendo-a adormecer no momento que escolhia.
Quando dormiam, ela o segurava como na primeira noite; apertava-lhe firmemente o pulso, um dos dedos ou o calcanhar. Quando queria se afastar sem acordá-la, Tomas tinha de usar de astúcia. Livrava o dedo (o pulso, o calcanhar) do seu abraço, o que sempre a despertava um pouco, pois ela o vigiava atentamente, mesmo dormindo. Para acalmá-la punha-lhe sempre na mão, no lugar de seu pulso, um objeto qualquer (um pijama enrolado em bola, um chinelo, um livro) que ela apertava em seguida energicamente como se fosse uma parte de seu corpo.

Milan Kundera em "A Insustentável Leveza do Ser" (1984)
Na adaptação (1988): Daniel Day-Lewis é Tomas, Juliette Binoche, Tereza & Lena Olin, Sabina.

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“Quando eu era jovem, eu era muito egoísta. Queria saber o que os outros pensavam de mim. Parecia que tudo o que me diziam não era o que pensavam. E eu tentei deliberadamente iniciar uma briga com meu amigo, e ele, naturalmente, em seu coração, expressou tudo o que havia de ruim em mim. Era isso que eu precisava; tendo aprendido essas coisas sobre mim, eu estava completamente satisfeito.”

Original:

«Когда я был юношей, я был очень самолюбив. Мне хотелось смертельно знать, что обо мне думают другие. Мне казалось, что всё то, что мне говорили, было не то, что они думали. И я нарочно старался завести ссору с моим товарищем, и тот, натурально, в сердцах высказывал всё, что во мне было дурного. Этого мне и требовалось; узнавши всё о себе, я был совершенно доволен»

trechos de Nikolái Gógol

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Desde que assisti "Druk" (Thomas Vinterberg) estou com vontade de escrever sobre a filosofia da existência e a dependência química. Esses dois temas andam juntos nessa obra que julgo conter todos os aspectos de um filme excepcional. A começar com a citação do filósofo existencialista dinamarquês Søren Kierkegaard, constatamos uma identidade cultural dinamarquesa muito grande, isso também porque o filme deseja dialogar com problemas que assolam sua nação, além de é claro, transmitir uma mensagem e essa me bateu como uma boa dose.

A Dinamarca tem um dos maiores IDH's do mundo, com isso inferimos de antemão que a nação é extremamente organizada e possui politicas sociais eficientes. Não deixa de ser verdade. Entretanto, esses países desenvolvidos registram números estrondosos em relação ao consumo de álcool, suicídios, e "mortes acidentais" oriundas do consumo excessivo, principalmente entre jovens.

Mas por quê isso acontece tanto nessas nações extremamente desenvolvidas!?

Minha opinião particular é que uma vida sem grandes preocupações, com bem-estar pleno e sem correria pode nos introjetar ao tédio extremo. O álcool passa a ser utilizado enquanto uma válvula de escape porque inebria e tira dessa sensação de marasmo. Uma vez familiarizados com essa sensação e sabendo que o consumo de álcool a proporciona, corremos o risco de tornarmo-nos dependentes, tendo em vista que a sobriedade passa a nos parecer pouco atraente. Nossa versão sóbria é triste, pessimista. Depois de uns goles nos soltamos mais e nos despreocupamos e isso conduz à problemática: como se embriagar na medida certa e no tempo certo sem que isso nos conduza a ruína!? A meu ver é esse o principal questionamento aqui.

A história do filme gira em torno de quatro professores desanimados com a profissão. Não conseguem prender a atenção dos alunos. Se sentem velhos, defasados, com baixíssima autoestima. Eles decidem formar um grupo entre eles a fim de colocar em prática uma teoria que sustenta: se consumirmos uma quantidade específica de álcool (sem excessos) podemos ''viver melhor''; a partir dessas reuniões, começam a beber e confraternizar e inclusive a beber antes das aulas. A qualidade das aulas melhoram absurdamente. Eles começam a escrever um artigo científico sobre a experiência. Eles lecionam melhor, os alunos aprendem melhor e se tornam mais participativos, só que algumas coisas começam a desandar... a desandar feio... e se você ficou querendo saber como, vai ter que assistir essa obra magnífica no Telecine e depois comentar aqui o que achou!

Essa dramédia dialoga de forma incrível com conceitos da filosofia existencialista de Kierkegaard, sobre o Ser Estético, levar uma vida estética e pautada em prazeres momentâneos e em como isso pode nos conduzir à angústia. A atuação de Mads é magnífica, a montagem do filme é sensível e ao mesmo tempo extremamente pesada. Faz pensar. Faz se identificar. Perturba. Se você já teve uns problemas com cachaça e gosta de uma parada profunda, "Druk" definitivamente merece entrar na tua lista de "quero ver''.

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Helen: “I'm so tired of being admired all the time. All these men I mean... they're all beautiful, artistic minds, great sex, the whole package, but hollow, you know what I mean? I feel nobody's really honest with me. Nobody wants me for me.”

Allen: “I don't know I could ever really begin to talk to her. I mean what can I talk about? I have nothing to talk about, I'm boring. And that I know, I've been told before so don't tell me it's not true 'cause it's a fact. I bore the people. People look at me and they get bored, people listen to me and they zone out... bored.”

Happiness (1998) dir. Todd Solondz

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Representação negativa da personagem do folclore russo Baba Yaga com suas mais diversas interpretações. John Wick conseguiu fazer aquilo que ninguém conseguiu: se desvencilhou de uma organização de assassinos profissionais de condutas morais extremamente rígidas. Ao perder sua esposa (motivo principal que o fez deixar essa vida) toda sua conexão física e espiritual com o feminino, projetada em sua relação com ela, se dissipou e o jogou num vazio incomensurável. O cão deixado por ela selava um vínculo de proteção e lealdade tangível, como se fosse um guardião, uma vez que ela não existia mais no mundo e ao perdê-lo, John se vê inserido nos aspectos mais negativos da masculinidade abrupta e sufocada pela solidão.

Toda experiência de ação caótica do guerreiro solitário, sem propósitos concretos e carente de amor, tendo que servir a uma associação e às vezes até abdicando da sua própria liberdade de escolha, faz com que pensemos a respeito da dualidade. Do masculino, do feminino; essas categorias regem o emocional: a integração Anima/Animus. A ausência de um desses termos aparece enquanto uma possibilidade de se desdobrar na autodestruição.

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I never wanted to be amazing 'cause beauty has no boundaires when you think about Evil. Sometimes I realize that all this mess that I'm goin' through it's just a waste of pain and I really have no idea about how or when I lost the pretty things in my life. Should I blame myself when I think so painfully about the moments that I've build in my head!? Scars of loss cuts deeply. My mind and my heart scares me. I really miss the pretty things especially when all of them reminds me of your traces and our sorrows but no love can hold us tight if trust was a meaningless word to ourselves.

"pretty things", 11/21

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When the music is your special friend dance on fire as it intends. Music is your only friend until the end. Cancel my subscription to the Resurrection & send my credentials to the House of Detention. I got some friends inside. Before I sink into the big sleep I want to hear... I want to hear the scream of the butterfly.

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